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Empurrando com a barriga

Segura a onda que a crise não tem data para acabar

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Bartô Granja, Edição

Ao longo dos últimos anos tem sido difícil falar de negócios sem relacionar à crise econômica que o país vem atravessando. Esse é um fator determinante na medida em que afeta todos os grupos: profissionais autônomos, empregados, empresas etc., além do próprio governo.

Crises são fenômenos normais dentro da economia de um país. É certo que elas vêm e vão. A história mundial, por exemplo, já trouxe diversos exemplos disso. A dúvida sempre paira sobre o tempo de duração desses períodos justamente em função do impacto social.

O temor sobre o futuro costuma ser um agravante. Com medo do que pode acontecer com o emprego ou com a própria economia é normal que as pessoas busquem preservar seu capital. E a grande dúvida fica no ar: até quando vai a crise no Brasil?

Por que o país está em crise? Crises vêm e vão. Contudo, claro, sempre existe uma razão para que elas apareçam. O que aconteceu com o Brasil para que o país entrasse nessa crise econômica, com reflexos diretos no cenário político?

Para entender essa situação é preciso compreender também o efeito da globalização ao longo dos últimos anos. Não vivemos em uma bolha e, portanto, não se pode ignorar a economia mundial como grande influenciadora dos resultados nacionais.

Além disso, é sabido por todos que a crise econômica não é apenas brasileira, mas também mundial. E ela vem se agravando desde 2015, chegando também ao território tupiniquim.

O que mais chamou atenção no caso brasileiro é a mudança de rota econômica. Cinco anos atrás, por exemplo, o Brasil tinha um dos maiores índices de crescimento do mundo. É claro que uma mudança radical de cenário como essa assusta.

Influência política – O fator político também ajuda a agravar a situação do país. Com isso, claro, afeta diretamente o interesse de grandes empresas para investimentos dentro do nosso território e, consequentemente, também afeta a confiança da população sobre a economia.

A crise que era inicialmente econômica já se tornou política. Foram vários erros cometidos pelos governantes que pioraram a visão geral da crise. Talvez justamente em função do resultado recente, não houve a devida preparação para o momento mundial.

E isso pode ser visto em diversas situações. É o caso do estímulo de crédito que foi estendido além do que deveria. Simultaneamente, o governo cresceu sua dívida pública

Já na base do desespero vieram propostas como o ajuste fiscal – que na prática não resolveria nada, apenas uma revisão orçamentária. O efeito real foi ainda pior, reduzindo investimentos em infraestrutura e aumentando o desemprego.

Nunca houve um plano prático para o combate da crise. E se não poderia piorar, veio a gigantesca crise política nacional com direito aos esquemas de corrupção que ficam cada dia mais visíveis. A confiança da população que já era baixa, despencou.

Vai chegar ao fim? – Nesse cenário caótico que atravessa o país, a dúvida da população segue a mesma: até quando vai a crise no Brasil? E a resposta é que não há um prazo para isso. Afinal, não há como prever uma recuperação econômica.

A boa notícia é que ela irá aparecer. Mais cedo ou mais tarde as atividades tendem ao retorno para um padrão. Assim foram e serão todas as crises econômicas mundiais. Não será diferente na atual.

O processo passa muito pela retomada de confiança (cenário que, diga-se, ainda pareça distante). Isso servirá tanto para estimular consumo e arrecadação, como também para atrair investidores externos. A desconfiança inibe esses dois processos, evidentemente.

Aos poucos os sinais de melhora começam a aparecer. Cedo, claro, para retomar investimentos. No caso específico do Brasil a situação política tende a atrasar ainda mais o processo. A retomada deve ser gradativa, com redução do desemprego, aumento da produção e aumento do consumo novamente.

Enquanto isso não aparece de maneira clara o brasileiro pode começar a se planejar para investimentos futuros. Uma boa ideia está em buscar investimentos rentáveis – inclusive empreendendo uma atividade alheia à profissão. Pode parecer loucura pensar nisso agora, porém quem deixar a crise no Brasil passar estará atrasado. O bom empreendedor está sempre com pensamento na frente dos demais.

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