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Dom da maternidade

Ser mãe, respeito incondicional e orgulho do filho

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Thátyla Carvalho

As pessoas costumam dizer que ser mãe é um dom que toda mulher adquire a partir do momento em que se descobre grávida. Nesse momento surge o sentimento inexplicável de amor incondicional, de proteção e zelo a ponto de dar a própria vida para defender o filho. Mas será que todas as mulheres recebem essa graça durante uma gestação?

O desamor de uma mãe é mais corriqueiro do que pensamos. Muitas vezes “passa batido” porque a figura da mãe, de uma forma ou de outra, é sempre presente: ela é o primeiro contato do bebê, alimenta-o, provê o que vestir e a educação. Mas nos pequenos detalhes é possível identificar o descaso materno. O desprezo pela rotina do filho, a crítica excessiva permanente, a falta de carinho e até a diferença de tratamento entre seus filhos é percebida pela criança.

Os motivos são variados: a gestação pode ter chego em um período difícil da mulher e por isso ela não aceita a chegada de um filho, ou até a visão distorcida da mãe (envolta em seu ego e egoísmo) que enxerga a criança (no caso uma menina) como uma rival diante da família e amigos, rejeitando desde o começo a figura de uma garota na casa. Também surgem casos dos filhos não corresponderem à expectativa dos pais. A mãe idealiza o filho de uma forma que ela acha aceitável, mas assim como todos os seres humanos, crianças são pessoas com personalidades singulares e distintas dos outros, e que um dia terão as suas próprias opiniões.

Fica muito difícil julgar uma mulher por sua falta de afeto para com um filho. Achamos que uma atitude desta é incompreensível e horrorosa. Mas partindo do pensamento que amar é somente uma atitude, podemos compreender tal comportamento. O ser humano escolhe amar o outro; pode soar frio, mas a decisão de amar diariamente e alimentar essa afeição é o caminho para uma vida mais leve e harmoniosa. Amamos um filho porque simplesmente ele é um reflexo de nós mesmos e a possibilidade de sermos alguém melhor para alguém.

As mães que não possuem essa capacidade de desenvolver o dom da maternidade são apenas pessoas que ainda não encontraram o contentamento dentro de si, e inconscientemente não se acham capazes de oferecer o melhor. Geralmente são pessoas que acham que a felicidade está nas coisas palpáveis e acabam gastando energia com o que não é essencial.

No dia das mães, especialmente para essas mulheres, não desejo abraços apertados, café na cama, brincos de pérola ou perfumes caros. Desejo luz, amor, serenidade e principalmente, compreensão para enxergar que não levamos nada dessa vida, mas deixamos um pedaço de nós que continuará o nosso legado. Por isso, faça com que esse legado valha a pena.

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