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‘Seu merda. Vagabunda (?)…’ e o caos domina sessão do Congresso que votaria o superávit

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Muita gente entendeu ‘vagabunda’. Mas houve quem garantisse que a palavra saiu truncada, quando o certo seria a frase ‘Vai prá Cuba’. A verdade é que em meio a troca de agressões físicas e verbais o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL) se viu obrigado a suspender na noite desta terça-feira 2 a sessão que votaria o projeto que altera a meta fiscal, proposto pela presidente Dilma Rousseff.

O tumulto com empurra-empurra começou quando um grupo de manifestantes, convidados a assistir a sessão pelo deputado Izalci Lucas (PSDB-DF) gritou palavras de ordem nas galerias, chamando petistas de ladrões e exigindo o arquivamento da matéria sobre o superávit primário.

Bastou Renan mandar a Polícia Legislativa esvaziar o local para a contenda piorar. Contrariando a ordem do senador, parlamentares da Oposição saíram em defesa dos manifestantes. O quadro que se vfu a seguir foi de ringue improvisado para luta livre.

A decisão de esvaziar as galerias ocorreu quando a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) discursava no plenário da Congresso quando a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) disse ter ouvido os manifestantes chamar a colega de partido de “vagabunda”. Segundo manifestantes, o grito era, na verdade, “vai pra Cuba”.

Deputados da oposição subiram às galerias, espaço destinado para a população acompanhar as sessões, e tentaram evitar a retirada dos manifestantes. Os deputados Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) e Onyx Lorenzoni (DEM-RS) chegaram a empurrar seguranças na confusão. O parlamentar gaúcho disse ter visto um dos seguranças dar “uma gravata” em uma idosa.

Ruth Gomes de Sá, 79 anos, relatou ter sido arrastada por um dos policiais legislativos. “Eu coloquei o dedo na cara dele, aí eu tomei uma grava e ele me segurou pela cintura e saiu arrastando”, contou. Resistente a deixar as galerias do plenário, o professor Alexandre Ângelo Seltz, 27 anos, recebeu um choque na não de um dos policiais enquanto estava sentado em uma das cadeiras.

Enquanto a briga prosseguia nas galerias, deputados discutiam no plenário. “Seu merda”, gritou o deputado Amaury Teixeira (PT-BA) para o líder da minoria na Câmara, Domingos Sávio (PSDB-MG).

Chamado de “ditador” pelos manifestantes, Renan deu cinco minutos para os policiais legislativos retirarem as pessoas, mas a confusão durou cerca de uma hora. Com a resistência apoiada por oposicionistas, a sessão ficou suspensa até esta quarta-feira 3. “

Essa obstrução é única no Parlamento. Vinte e seis pessoas presumidamente assalariadas impedindo os trabalhos do Congresso Nacional”, disse Renan.

Para votar o projeto que muda a meta fiscal, o Congresso precisava analisar dois vetos que trancam a pauta. Renan Calheiros não chegou a responder a uma questão de ordem da oposição que pedia a votação do projeto apenas após a contagem das cédulas da análise dos vetos.

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