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Armadilha

Tendências passam, a moda muda e você pode ficar no prejuízo

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Autor/Imagem:


Anelisa Lopes

Um dos primeiros passos para começar um bom projeto de design de interiores é definir seu conceito. Apesar de ser uma formulação bidimensional, pois não sai do papel, ele tem extrema importância para nortear a proposta e é resultado de muitos bate-papos entre profissional e cliente.

Nestas conversas, avaliam-se fatores subjetivos e objetivos, que vão desde preferências de cores e formas até dia a dia de quem mora na residência, presença de animais de estimação, além de planos futuros, como a chegada de filhos. Quando o conceito é bem definido, a chance de cair em modismos ou arcar com gastos desnecessários se torna bastante reduzida.

Vale destacar que conceito não se resume ao estilo que seguirá a decoração, que está muito mais ligado e limitado ao gosto pessoal do cliente. Ele vai muito além e agrega uma lista de itens que devem ser levados em consideração no projeto, como deslocamento e circulação de pessoas, ergonomia, hábitos, iluminação e mobília.

A partir daí, o designer de interiores coloca todas as necessidades e exigências necessárias com um propósito, além, é claro, de dar seu toque pessoal e, assim, a ideia vai ganhando vida e se adequando às conveniências do morador. Conceito de sociabilidade, por exemplo, pode ser traduzido por uma ilha central na cozinha aberta para agregar convidados que estão na sala de jantar. Privacidade, por outro lado, pressupõe mais divisórias entre os ambientes.

Dar o tom e brincar com elementos diferentes faz parte de todo projeto. Recorrer a mobílias que estão na família ao longo dos anos também dá um toque especial. Mas se você não for adepto de nenhum estilo específico e se sua escolha tiver motivação apenas estética, evite modismos. Prefira uma base neutra, com pinceladas de algum item de destaque, como um papel de parede, um móvel ou uma luminária. Assim, é mais fácil – e barato – refrescar o ambiente ao longo do tempo sem ficar escravo do que está em uso no momento.

Costumo dizer que um bom projeto tem de ser como a nossa roupa preferida: precisa cair bem, caber no bolso e servir a várias ocasiões. E, dessa forma, resistir ao longo dos anos, passar imune por diversas influências e não ficar datado a curto prazo.

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