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Um teste

Toyota Etios ganha em valor, mas perde em acessórios

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Thiago Lasco

Quando se fala em Toyota Etios, é comum que as opiniões sejam acompanhadas de um “porém”, por conta do desenho meio sem graça da carroceria. Mas os consumidores que dão uma chance ao modelo descobrem que ele também tem predicados.

Com dimensões compactas (o comprimento do hatch é 15 cm menor que o do Hyundai HB20) e uma direção elétrica leve e bem responsiva, o modelo é gostoso de guiar na cidade e muito fácil de estacionar. O acerto da suspensão transmite solidez e segurança em curvas, e tanto o motor 1.3 como o 1.5 têm funcionamento silencioso, com respostas suficientes para o ambiente urbano.

Os instrumentos digitais melhoraram a percepção de qualidade do carro – sua posição no centro do painel é incômoda e exige que o condutor desvie a atenção da pista, mas nada com que não dê para se acostumar com o passar do tempo.

A ausência de câmbio automático, que colocava o Etios em desvantagem perante os rivais, foi sabiamente corrigida pela Toyota. É verdade que a caixa de quatro velocidades não proporciona uma condução lá muito empolgante – as marchas longas privilegiam a economia de combustível ao desempenho – mas, para muitos motoristas, isso será um mal menor diante do conforto no trânsito pesado.

A versão avaliada, hatch XLS, porém, está longe de ser um bom negócio. A tabela de R$ 61.390 não se justifica diante de lacunas que causam estranheza em um modelo dessa faixa de preço. Para ficar em alguns exemplos, as travas elétricas não têm acionamento automático quando o carro entra em movimento e o controle remoto para abertura das portas não disfarça a simplicidade da chave, que não é do tipo canivete.

Além disso, mesmo sendo a terceira versão na gama, a XLS não perdeu completamente o despojamento da cabine, que ainda tem plásticos em profusão, sobretudo nas portas. E quem se depara com a grande tela sensível ao toque no centro do painel espera encontrar um navegador GPS, mas há apenas a possibilidade de espelhar o smartphone – GPS, só na opção de topo Platinum e na série especial Ready.

Por fim, as respostas do motor 1.5 de 107 cv são muito próximas das do 1.3 de 98 cv. Enquanto com o propulsor menor o motorista tende a se surpreender com a agilidade do carrinho, o maior deixa a desejar em retomadas, graças às relações longas da transmissão automática – se você resolver apertar o passo para aproveitar o semáforo verde à frente, é grande o risco de as luzes mudarem antes que você tenha conseguido atravessar o cruzamento.

Nesse contexto, é mais tentador levar para casa o catálogo X, com motor 1.3 – a tabela de R$ 50.890 faz dele o carro com câmbio automático mais barato do Brasil – e driblar a simplicidade adquirindo alguns acessórios na concessionária.

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