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Turquia entra na guerra e lança primeiro ataque ao Estado Islâmico

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A Turquia enviou nesta quinta-feira jatos F-16 para bombardear posições do Estado Islâmico perto de Kilis, no Sul, depois de uma unidade de proteção da fronteira ter estado sob fogo dos jihadistas, que lançaram rockets e dispararam contra os militares turcos, matando um deles. É o primeiro confronto armado entre o exército da Turquia e o grupo terrorista que controla território na Síria e no Iraque.

Este confronto directo sucede num clima de grande tensão entre o Estado turco e a minoria curda, após o atentado suicida de segunda-feira em Suruç, outra localidade no Sul, perto da fronteira com a Síria, em que morreram 32 pessoas e cerca de 100 ficaram feridas, numa associação de militantes da causa curda que pretendiam ir ajudar à reconstrução de Kobane, a cidade do Curdistão sírio que durante meses foi tomada pelo Estado Islâmico (EI).

Os curdos acusam o Governo de não os proteger o suficiente e de, com a sua política de se manter de fora da guerra que há cinco anos devora a vizinha Síria, estar efectivamente a ajudar à expansão do EI. No que afirma ter sido uma retaliação pela falta de acção do Governo contra os jihadistas, o Partido dos Trabalhadores do Curdistão — uma organização ainda considerada terrorista — reivindicou o assassínio de dois polícias em Ceylanpinar, uma cidade no Sul, perto da fronteira com a Síria. E embora não tenha ainda sido reivindicado, outro polícia foi morto nesta quinta-feira, em Diyarbakir, a grande cidade de maioria curda no Sudoeste da Turquia.

A Turquia tem hoje 1,7 milhão de refugiados sírios e é quem tem assumido o fardo mais pesado dos deslocados que a guerra tem causado. Mas teme que os combates que não dão sinais de abrandar no país vizinho entrem pela fronteira de mais de 900 km que partilha com a Síria.

Por isso, embora seja um membro da NATO, tem negado acesso aos Estados Unidos à base aérea de Incirlik, no Sul da Turquia e perto da fronteira com a Síria — mas isso poderá ter mudado. O Wall Street Journal e o New York Times avançam que Ancara e Washington terão chegado a acordo para que tanto aeronaves tripuladas como não tripuladas possam fazer ataques deslocando de Incirlik.

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