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União da Ilha critica padrões de beleza com o bom humor

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A União da Ilha levou para a avenida Sapucaí na madrugada desta terça-feira uma ode à vaidade e à estética. Com o samba-enredo “Beleza Pura?”, a escola procurou retratar os padrões de beleza, a fixação pela busca do corpo perfeito, o mundo da moda e o belo. O samba também passou pela beleza em pinturas e esculturas e falou até das famosas selfies.

Ainda na concentração, a escola teve problemas com um de seus carros, que passou muito perto de um viaduto. A fantasia de um de seus destaques esbarrou no viaduto, e ele quase caiu do alto do carro alegórico. Depois de correria entre seus componentes e alguns gritos, a escola conseguiu entrar na avenida.

Logo depois, antes da metade do desfile, os destaques tiveram problemas para subir no quarto carro da escola, e um buraco começou a se formar em frente ao setor 1 da Sapucaí. Depois de dez minutos de espera, o carro andou, mas um de seus destaques ficou no chão e não desfilou.

A intenção da agremiação da Ilha do Governador é se sair melhor do que no ano passado, quando conquistou o quarto lugar. Antes disso, a escola havia passado sete anos no Grupo de Acesso, só retornando em 2009 à elite do samba, e mais duas décadas fora das seis primeiras colocadas do Grupo Especial.

Antes do desfile, o carnavalesco Alex de Souza afirmou que a ideia era fazer uma crítica aos exageros e à superficialidade dos selfies, e ao culto à beleza na internet. Em uma alegoria, um ringue de UFC simulou uma luta de estilistas de moda. Para realizar isso, a escola apostou em referências à cultura pop. A comissão de frente era formada por uma “Preta de Neve”, representada pela atriz Cacau Protássio, acompanhada de sete anões, rainha má, caçador e, claro, um espelho.

A Rainha da Bateria Bruna Bruno, que se despede da escola depois de 11 anos, comentou antes do desfile: “Estou controlando a emoção hoje, a próxima rainha tem que ter muito amor para defender a escola acima de tudo”. Ela estava vestida da personagem Bela, do conto de fadas, e, em contraste, os ritmistas comandados pelo estreante Mestre Ciça estavam vestidos de Fera.

Destaque da escola, Deise Nunes, ex-Miss Brasil em 1986, comentou as sátiras da escola: “Carnaval é brincadeira. A beleza sempre tem que ser contestada”. Nunes foi Rainha da Bateria antes de Bruna Bruno.

O segundo casal de mestre-sala e porta-bandeira, formado por Shayene e Rodrigo, desfilou com fantasias dos personagens Shrek e Fiona. Em uma ala chamada “Desfile de Moda”, uma série de passistas que representavam a personagem Olívia Palito percorreu a Sapucaí.

No último setor, relógios com ponteiros que giravam no sentido contrário mostravam a luta contra o tempo e a busca pela eterna juventude. Componentes vestidos de cirurgiões plásticos reforçavam a ideia. No final do desfile, uma alegoria trouxe uma “cirurgia plástica” feita ao vivo em uma escultura que representava a cabeça de um idoso.

A musa Dani Sperle desfilou como rainha do tempo. Sua fantasia, comprada em Dubai, custou R$ 60 mil e foi feita com penas de faisão. O resto da roupa de Sperle, que desfila há 11 anos na escola, era formado por um tapa-sexo de dois centímetros de largura e quatro de comprimento. A musa é conhecida por gostar de tapa-sexos minúsculos.

Já a atriz Juliana Paiva desfilou como Marilyn Monroe, e o maquiador Fernando Torquatto, como Apolo. A ex-dançarina do Faustão Carla Prata também foi uma das musas da escola. Desfilando com uma fantasia de 15 kg, 1,30 m de altura e composta por 450 penas de faisão, que levou um mês para ser confeccionada, ela representava Cleópatra.

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