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Unidos da Tijuca faz desfile com a garra de verdadeira campeã

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Encarregada de encerrar a primeira noite do Carnaval 2016 do Rio de Janeiro, já na madrugada desta segunda-feira (8), a Unidos da Tijuca, uma das protagonistas da última década, trouxe um enredo de exaltação à agricultura e à ligação entre o homem com a terra. Inspirada por uma possibilidade de patrocínio da cidade mato-grossense de Sorriso –que a direção da agremiação nega ter obtido–, a escola apresentou o enredo “Semeando Sorriso, a Tijuca Festeja o Solo Sagrado” em seis carros alegóricos, dois tripés e 29 alas.

Com três títulos conquistados sob a batuta do carnavalesco Paulo Barros, que deixou a escola em 2014, a Tijuca tenta estabelecer um novo estilo sob o comando da comissão de Carnaval formada por Mauro Quintaes, Annik Salmon, Hélcio Paim e Marcus Paulo.

A escola também apostou na bateria comandada por mestre Casagrande, no entrosamento do casal de mestre-sala e porta-bandeira, Julinho e Rute, e na beleza do samba-enredo, tido como um dos melhores do ano. “Vai ser 40 em todos os quesitos”, torceu Rute. “So não é justo ter que desviar de óleo e água na pista deixados por uma coirmã”, comentou. “Fiquei um pouco preocupado, porque faço muitos giros, a gente teve que sair um pouco do centro. Mas a gente estava tão abençoado que conseguiu fazer”, disse Julinho. Com 30 anos de avenida, o casal veio fantasiado como os orixás Oxalá e Nanã.

A atriz Juliana Alves, rainha de bateria da Tijuca, veio fantasiada de Vespa Rainha. “É o setor que fala da agricultura e todos os elementos que a influenciam, tanto positiva quanto negativamente. A gente fala das pragas, da tecnologia e daqueles que são amigos da agricultura, que ajudam na polinização e na fertilização. A Vespa Rainha é amiga dos agricultores, dos matutos que são os nossos ritmistas”.

A rainha disse ainda que veste, neste ano, sua fantasia mais ousada. “Para minha concepção, estou bastante ousada. Todo mundo sabe que eu não sou muito de mostrar o bumbum, né? Mas é um personagem que a gente achou que permitia e exigia um pouco mais de ousadia”.

A comissão de frente encenou o cultivo da terra, com uma alegoria que descia e revelava os brotos de uma planta de girassol, que florescia na avenida.

O início do desfile trouxe também a lenda iorubá da criação do homem através do barro, no carro abre-alas, mostrando a ligação primordial entre o homem e o solo. No segundo setor, a Tijuca saudou a exuberância da natureza brasileira em sua fauna e flora com um imenso carro alegórico, onde integrantes coreografados imitavam animais típicos do Brasil em meio a cascatas.

A sequência do desfile fez uma homenagem à agricultura familiar, trazendo a figura do matuto. Imagens do cotidiano da roça se fizeram presente, como o cafezinho do fim da tarde, os lampiões e o desabrochar das flores.

O uso da tecnologia no campo foi exaltado, principalmente na erradicação das pragas, com fazendeiros lutando contra lagartas gigantes no quarto carro.nto setor

A Unidos da Tijuca homenageia a cidade de Sorriso, trazendo a atividade de beneficiamento d o milho. Em uma alegoria que simboliza um imenso silo, os grãos entram fracos e saem fortalecidos, de uma forma muito bem-humorada.

A escola encerrou o seu desfile fazendo uma grande festa para comemorar a colheita alcançada. Traços da cultura campesina, como a Festa do Divino, as danças e procissões estiveram presentes no último carro da Tijuca.

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