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Oposição vê dados estranhos e vendaval da urna continua

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O vendaval da sucessão presidencial ainda não acabou. Há muitas suspeitas no ar, como a maquiagem de dados (e outros mascarados) que teriam supostamente ajudado a manter a presidente Dilma Rousseff por mais quatro anos no Palácio do Planalto. Esse é o principal argumento da oposição, que decidiu entrar com representação na Procuradoria-Geral da República contra dez autoridades.

Os alvos são assessores diretos e indiretos do governo Dilma Rousseff, afirma o líder da oposição no Congresso, deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO). A acusação é de crime de responsabilidade e improbidade administrativa. A denúncia, afirma Caiado, envolve atraso na divulgação de dados oficiais e adoção de medidas econômicas durante o período eleitoral.

Caiado lista uma série de descumprimentos de cronogramas oficiais, balanços e divulgação de estatísticas que, em sua opinião, serviram para mascarar a “real situação do país” com vistas à reeleição da presidenta Dilma Rousseff. Entre as ações premeditadas para não interferir o processo eleitoral, aponta o deputado, estão os registros de aumento da miséria absoluta, o avanço do desmatamento na Amazônia e a queda na arrecadação de tributos.

“De todas as atrocidades cometidas nesta eleição, a mais vexatória, sem dúvida, foi o governo impondo a órgãos técnicos uma mordaça para que a população não soubesse a real situação do país. Mais do que ninguém, eles sabiam como estavam fazendo um mau governo e como isso não podia ser revelado durante as eleições”, declara o líder oposicionista.

Entre os denunciados por Caiado estão os ministros Guido Mantega (Fazenda), Edison Lobão (Minas e Energia), Izabella Teixeira (Meio Ambiente) e Clélio Campolina Diniz (Ciência, Tecnologia e Inovação), além do chefe da Secretaria Especial para Assuntos Estratégicos, Marcelo Côrtes. Também são acusados presidentes e diretores de agências: os presidentes do Banco Central, Alexandre Tombini, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), Volney Zanardi Júnior, e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Suarez Soares; e os diretores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Leonel Fernando Perondi, e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino.

Segundo Caiado, as informações oficiais foram divulgadas com atraso propositadamente, em até duas semanas depois do segundo turno das eleições (26 de outubro). O parlamentar aponta a adoção de medidas econômicas “impopulares”, por parte do governo, apenas depois do fim do pleito, todas “necessárias para tentar conter a estagnação econômica que afeta o país”. Entre elas, o aumento da taxa básica de juros (Selic) para 11,25%, pelo Comitê de Política Monetária (Copom), só depois da corrida eleitoral, quando o correto, segundo Caiado, seria fazê-lo meses atrás, para que o país não ficasse todo esse tempo “sem amparo governamental à economia”.

“Passaram a campanha fazendo terrorismo eleitoral relacionando alta dos juros como o vilão do trabalhador. E o que fizeram uma semana depois? Foram na contramão de sua propaganda populista e adotaram a medida necessária”, fustigou Caiado.

Outra medida atrasada de propósito, lembra ainda o deputado, foi o represamente do preço dos combustíveis, levando a Petrobras a perdas de receita. O objetivo, diz o deputado, foi camuflar o efeito da “inflação descontrolada” na economia popular. “Quebraram a Petrobras, por um lado, com a corrupção. E, por outro, sacrificando a empresa. Fizeram da estatal um cabo eleitoral de campanha. Foi ela que absorveu todo o prejuízo com o congelamento do preço da gasolina”, acrescentou.

Publicado originalmente em naredecomjoseseabra.com.br

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